– Te trouxe essa rosa. – Entreguei tentando parecer despretensioso.
Ela pegou com desdém. Fez cara de nojo diante do meu simples presente.
– Não gostou? – Perguntei confuso.
– De maneira alguma pude gostar. – Ela lançou suas palavras.
– Por qual motivo? Costumava amar as flores! – Questionei agressivamente.
– Qual a beleza de uma flor morta? Passou por fases, enfrentou formigas e lagartas. Enfim conseguiu desabrochar, linda, resolvida e adulta! Para chegar um homem espertalhão e a matar em pleno auge de sua formosura. Prefiro que me reguem todos os dias e contemple o quão brilhante posso ser, ao invés de matar a minha vitalidade por egoismo. Não sei quais são suas intenções, mas estou certa que eu e a rosa não teremos destinos iguais.